2014.12.19/20 - SACRED SIN "Darkside 20 years" - HARD CLUB & RCA CLUB

Vou falar mais em concreto do concerto em Lisboa, embora aqui também se possa fazer review do concerto deles no Porto

Um RCA bem composto, não cheio, mas com uma boa quantidade de pessoas que saiu do frio que se fazia na longa noite lisboeta e movimentou-se rumo ao local para presenciar uma das bandas míticas da cena metálica portuguesa. O motivo da festa era claro, celebrar os 21 anos do primeiro álbum da banda, Darkside.

Quanto aos concertos:

Hourswill - Uma banda com bons pormenores técnicos e com uma riffagem e groove bem dados em algumas das suas músicas. O meu problema com a banda foi mais a voz limpa, achei muito pouco ajustada ao som da banda. É claro que quando o vocalista fazia a voz mais grave, aí via que se ajustava melhor ao som da banda. A banda em preocupou-se em dar um bom concerto para abrir as hostes, e atingiram esse objectivo.

Diabolical Mental State - Assim que vi o vocalista aos saltos e a dar os seus gestos de Hardcore moderno, já percebi o que vinha. Os meus níveis de ultra-ortodoxia atingiram aqui o seu máximo, só esperava que este concerto terminasse. Não é metal, não é hardcore, nem é carne nem peixe. Tinham algumas boas ideias, mas o abuso constante de breakdowns e terem um groove do hardcore moderno, fez-me olhar para cima e esperar que terminasse.

We Are The Damned - Esta é uma banda guiada por disposições. Em Obituary deram um péssimo concerto, ontem deram um concerto muito bom. O crust mesclado com o Doom e Death Metal fluiu bastante bem durante o concerto deles, conseguindo criar um concerto energético. Eu pensava que seria outro aborrecimento, afinal foi o oposto.

Sacred Sin - Como é claro, foi a banda da noite. 75 minutos a tocar o Darkside, num tom de guitarra bem certinho ao que se exigia no som da banda, o Costa com os vocais no ponto e André a dar com energia na bateria. Tivemos direito a várias participações, tais como a do antigo guitarrista Rui Dias que apareceu em palco para tocar duas músicas do Darkside e mostrar que sabia ainda tocá-las. Outras foram o António Gião a tocar mais uma malha do Darkside e a cover de Napalm Death "Suffer the Children", Raf Maia a cantar uma antiga malha de V12 "Comandos" e de seguida "Ace of Spades", passando depois pelo Wanderer a cantar "Black Metal". O concerto terminou ao som de Darkside e depois com o "Dirty Deeds" dos AC/DC. Um concerto bastante porreiro, valeu pela ida ao RCA. E finalmente tenho em posse o Darkside